Biografia e Programa Eleitoral do Antonius Melisse

Biografia

O Antonius Melisse é originário dos Países Baixos e acredita veementemente que nunca devemos deixar de aprender coisas novas. Ele obteve certificações, tanto na universidade como noutras instituições, em Língua e Literatura Inglesa, Jornalismo, dois métodos de teste de software (ISTQB e TMAP Next) e desenvolvimento em PHP. De momento, ele trabalha como programador de back-end em Symfony.

Em termos de experiência prévia em gestão, ele foi membro da direção de um grupo de teatro musical, do qual ele fazia parte (como baixo) e teve um trabalho em que ficou a cargo de estudantes que estavam à procura de emprego para o verão.

Ele ficou a conhecer a fandom através de pessoas amigas de longa data que conheceu enquanto jogava World of Warcraft. Eles escreveram fics e histórias originais em conjunto nos fóruns da sua guilda. Quando uma dessas pessoas mencionou que havia algum tempo que traduzia para a OTW (Organização para Obras Transformativas) e que havia uma vaga na equipa neerlandesa, ele aproveitou a oportunidade e, assim, tem feito parte do comité de Tradução desde fevereiro de 2016. Desde então, também já foi voluntário no comité de Políticas e Abuso.

Atualmente, de vez em quando, ele dedica-se a podfics, tipicamente de The Witcher, mas aprecia a maioria das fandoms de fantasia e ficção científica.

Programa Eleitoral

1. Porque é que decidiu concorrer às eleições para a Direção?

Desde que me juntei ao comité de Tradução, sinto que conheci muitas pessoas novas dentro e em redor da OTW e que estas formam um grupo diversificado e interessante. Vale mesmo a pena fomentar esta comunidade. Já que tenho tempo e energia para retribuir a esta comunidade de pessoas fantásticas e diversas de uma forma significativa, essa é a minha primeira razão para concorrer.

Além disso, há um número cada vez maior de pessoas com contas e obras alojadas no Archive of Our Own – AO3 (O Nosso Próprio Arquivo), pelo que é vital continuar a disponibilizar um lugar onde isto é possível e onde obras podem ser preservadas. Por esta razão, vale a pena fazermos aquilo que fazemos como organização e, onde possível, melhorar. Considerando esses fatores e as competências e experiências que adquiri até agora na minha vida, acredito que candidatar-me à Direção é a melhor forma que tenho para ajudar a contribuir para o futuro dos nossos projetos e para a nossa missão.

2. Que capacidades e/ou experiência irá trazer para a Direção?

Sendo alguém que trabalha com software regularmente, tenho de ser muito analítico e prestar atenção aos detalhes. Tendo a ser alguém que pensa em função de soluções e não desisto facilmente quando começo a trabalhar em algo. Estou muito habituado a trabalhar com prazos, pelo que não considero que um pouco de pressão a nível de tempo seja uma coisa má.

Também já trabalhei em gestão, tendo ficado encarregue de estudantes em empregos de verão, o que exigiu que eu comunicasse de forma clara e fosse paciente. Além disso, eu sei o quão importante é ouvir todas as pessoas que queiram contribuir numa discussão e tomar decisões tendo em consideração múltiplos pontos de vista, algo que acredito ser essencial em alguém que queira trabalhar com um grupo diverso em termos de pessoas e opiniões.

3. Escolha um ou dois objetivos para a OTW que são importantes para si e nos quais teria interesse em trabalhar durante o seu mandato. Porque é que valoriza estes objetivos? Como é que trabalharia com outras pessoas para os concretizar?

Um dos objetivos mais importantes para a OTW, internamente, é promover a colaboração entre comités. Atualmente, ainda que todos os comités trabalhem em prol da missão da OTW, muitas vezes estes não têm muita noção do trabalho diário ou do contexto das decisões das outras equipas — informação essencial que, quando indisponível, pode ser um entrave à colaboração. Aquilo que não é claro internamente tem um impacto externo enorme: não podemos partilhar informação acerca da OTW com fãs de forma adequada se as nossas discussões e estruturas forem desorganizadas. É difícil fazer com que todas as pessoas estejam de acordo, quando raramente conseguimos estar de acordo relativamente a quais questões estão em discussão — isto sem falar em como partilhar isso com fãs. Portanto, gostaria de tentar usar o meu cargo na Direção para fomentar mais colaboração entre comités. Na minha opinião, a melhor forma de o fazer é criando uma melhor compreensão acerca dos processos de trabalho de cada um e estabelecendo mais vias de comunicação entre os vários grupos.

Isto também permitirá que sejamos mais eficientes na resposta a questões de fãs. Ter um corpo de pessoas voluntárias melhor informadas e integradas fará com que tenhamos uma maior capacidade de lidar com questões potencialmente complicadas de uma forma mais rápida e profissional, evitando mal-entendidos e outros problemas que surgem quando não são considerados todos os pontos de vista possíveis em relação a um dado assunto. Desta forma, poderemos ser mais transparentes relativamente à forma como comunicamos com a fandom em geral, permitindo-nos fomentar uma melhor compreensão acerca do nosso trabalho e das nossas limitações.

4. Qual é a sua experiência com os projetos da OTW e como irá colaborar com os comités relevantes para os apoiar e reforçar? Tente incluir uma variedade de projetos, contudo sinta-se à vontade para enfatizar alguns em particular.

Tal como a maioria das pessoas, tenho mais experiência com o AO3, o nosso maior projeto. Não sendo falante nativo de inglês, espero que continuemos a trabalhar em conjunto com os comités de Acessibilidade, Design e Tecnologia e de Tradução para que, um dia, consigamos ter a interface disponível em várias línguas. Como membro da Direção, gostaria de trabalhar com a nossa equipa de programação para aumentar e fortalecer a nossa capacidade de contratar entidades para ajudar em programação, em tarefas como a tradução da interface e outras melhorias ao site, bem como as tarefas de bastidor necessárias para manter o site a funcionar diariamente.

Também já trabalhei com o Open Doors (Portas Abertas), na tradução dos seus anúncios de importação. O trabalho de preservação de arquivos de fandom que, de outra forma, seriam perdidos para sempre, realizado pelo Portas Abertas, é muito importante, na minha opinião. Se for escolhido para fazer parte da Direção, quero habilitá-lo a continuar a fazê-lo, certificando-me que tem as ferramentas e recursos necessários para continuar o seu trabalho nas melhores condições possíveis.

Tenho, pessoalmente, menos experiência com os nossos outros projetos, mas estou desejoso de trabalhar com eles. Todos têm um papel impressionante. Admiro muito o trabalho de advocacia da equipa Legal; a fandom seria muito diferente sem ele.
A Transformative Works and Cultures – TWC (Cultura e Obras Transformativas) é uma das publicações académicas mais importantes para quem estuda fandom e a Fanlore tornou-se um registo coletivo da história de fandom, de grande importância para as nossas comunidades e é um prazer vê-la crescer diariamente. Espero aprender mais acerca das suas necessidades e de como a Direção pode apoiar isto, se eu for eleito.

5. Como é que irá equilibrar o seu trabalho na Direção com as suas outras funções na OTW, ou como é que planeia delegar as suas funções atuais para se focar no trabalho na Direção?

Eu tenciono manter a minha função atual no comité de Tradução. É uma forma maravilhosa de estar em contacto com as nossas pessoas tradutoras e monitorizar o estado de um número significante de equipas da OTW. Gerir as duas posições não deverá ser um problema, porque a gestão de tempo como gerente de pessoas voluntárias para o comité de Tradução está inteiramente nas nossas mãos: nós decidimos o nosso próprio horário e aceitamos diferentes tarefas de acordo com o mesmo. Outras pessoas nesta posição conseguiram gerir estes dois papéis ao mesmo tempo e eu acredito que consigo fazer o mesmo. Se as coisas ficarem demasiado agitadas, posso sempre discutir com as pessoas líderes do comité a possibilidade de ficar em hiato.