Biografia
Antonius Melisse é da Holanda e acredita fortemente que nunca se deve parar de aprender coisas novas. Ele tem qualificações, tanto universitárias quanto por outros cursos, em Literatura e Língua Inglesa, Jornalismo, dois métodos de teste de software (ISTQB e TMAP Next) e desenvolvimento em PHP. No momento, trabalha como desenvolvedor back-end em Symfony.
Quanto à experiência com gerenciamento, ele já foi membro da coordenação de um grupo de teatro musical do qual participava (cantando como baixo) e já teve um cargo gerencial em que era encarregado de ajudar estudantes a procurarem empregos de verão.
Ele foi apresentado ao mundo do fandom por um círculo de amizades de longa data formado quando jogava World of Warcraft. Ele e seu grupo escreviam fics e histórias originais nos fóruns da guilda. Quando ouviu que um membro desse grupo traduzia para a OTW (Organização para Obras Transformativas) há um tempo e que havia uma vaga na equipe de língua holandesa, ele agarrou a oportunidade, fazendo parte do comitê de Tradução desde 2016. Anteriormente, também foi voluntário no comitê de Diretrizes e Abuso.
Hoje ele faz algumas podfics esporádicas, geralmente sobre The Witcher, mas gosta da maioria dos fandoms de ficção científica e fantasia.
Plataforma
1. Por que você decidiu participar das eleições para o Conselho de Administração?
Desde que me juntei ao comitê de Tradução, sinto que conheci um grupo muito interessante e diversificado composto por pessoas dentro da OTW e próximas dela. Essa comunidade merece muita atenção. Já que tenho tempo e energia para contribuir de forma significativa para essa comunidade de pessoas tão maravilhosas e diferentes, esse é o primeiro motivo pelo qual decidi participar das eleições.
Além disso, há um número crescente de pessoas com contas e obras hospedadas no Archive of Our Own – AO3 (Nosso Próprio Arquivo), portanto, é imprescindível que continuemos oferecendo um espaço para que isso seja feito e no qual as obras possam ser preservadas. Por isso, há valor em tudo que fazemos enquanto organização, e que devemos continuar melhorando o tanto quanto possível. Considerando esses fatores, bem como minhas habilidades e experiências de vida, acredito que concorrer às eleições para o Conselho seja o melhor modo de contribuir para o futuro de nossos projetos e nossa missão.
2. Que competências e/ou experiência você traria para o Conselho?
Por trabalhar com software regularmente, preciso manter um olhar muito analítico e voltado para detalhes. Em geral, meus pensamentos são voltados para resolução de problemas, e não desisto com facilidade quando começo a trabalhar em alguma coisa. Estou muito acostumado a trabalhar com prazos, então certamente não encaro um pouco de pressão como um problema.
Também já trabalhei com gerenciamento quando fui encarregado de ajudar estudantes a buscar empregos de férias, algo que exigia comunicação clara e paciência. Além disso, sei a importância de ouvir todos os lados que possam contribuir para uma discussão e tomar decisões que levem diversos pontos de vista em conta. Acredito que isso seja essencial para qualquer trabalho realizado com um grupo diversificado de pessoas e opiniões.
3. Escolha uma ou duas metas para a OTW que são importantes para você e nas quais você teria interesse em trabalhar durante seu mandato. Por que você valoriza esses objetivos? Como você trabalharia com outras pessoas para alcançá-los?
Uma das principais metas para a OTW seria interna: melhorar a colaboração entre comitês. No momento, apesar de todos os comitês trabalharem em prol da missão da OTW, a tendência é que não conheçam o trabalho rotineiro ou contexto das decisões de outras equipes — informações essenciais cuja ausência pode atrapalhar a colaboração. O que permanece ambíguo em seu interior tem um impacto enorme no exterior: não podemos compartilhar informações sobre a OTW adequadamente se não houver organização em nossos debates e estruturas. É difícil garantir que todos os membros estejam a par do que acontece quando raramente chegamos a um consenso quanto a isso — e essa dificuldade se intensifica no momento de compartilhar informações com fãs. Portanto, eu tentaria dedicar minha passagem pelo Conselho a incentivar a colaboração entre comitês. Na minha opinião, o melhor meio para alcançar isso é o entendimento mais completo sobre o trabalho dos demais comitês e o estabelecimento de mais canais de comunicação entre os diversos grupos.
Com isso, também poderemos ser mais eficientes em nossas respostas aos questionamentos de fãs. Um corpo voluntário mais informado e melhor integrado nos tornará mais capazes para lidar com problemas potencialmente complicados de forma mais rápida e profissional, evitando mal-entendidos e outras armadilhas resultantes de não considerar todos os pontos de vista possíveis. Desse modo, será possível manter uma comunicação mais aberta com o fandom em geral, e poderemos passar a entender melhor o nosso trabalho e nossas limitações.
4. Que experiência você tem com os projetos da OTW e como você colaboraria com os comitês relevantes para os apoiar e fortalecer? Tente incluir diversos projetos, mas se sinta à vontade para enfatizar em particular projetos com que você tem experiência.
Como a maioria das pessoas, tenho mais experiência com o AO3, nosso maior projeto. Como alguém que não tem o inglês como língua nativa, espero que consigamos continuar trabalhando com o comitê de Acessibilidade, Design e Tecnologia e o de Tradução para nos aproximarmos mais do dia em que poderemos disponibilizar a interface do site em diversos idiomas. Como membro do Conselho, eu gostaria de trabalhar com nossa equipe de desenvolvimento para aumentar e fortalecer nossa capacidade de utilizar serviços externos para auxiliar na programação, e trabalhar com questões como a tradução da interface e outras melhorias para o site, bem como tarefas rotineiras no plano de fundo que são necessárias para que o site continue rodando.
Também já trabalhei com o Open Doors (Portas Abertas) para traduzir seus anúncios de importações. O trabalho do Open Doors para preservar arquivos que seriam perdidos para sempre é muito importante, a meu ver. Se for eleito para o Conselho, quero ajudar na continuidade desse trabalho, garantindo que tenham acesso às ferramentas e recursos para exercer sua função da melhor maneira possível.
Pessoalmente, tenho menos experiência com nossos outros projetos, mas estou muito entusiasmado para trabalhar com eles. Todos fazem um trabalho impressionante. Admiro muito o ativismo do Jurídico, o fandom seria um lugar muito diferente sem ele. A Transformative Works and Cultures – TWC (Obras e Culturas Transformativas) é uma das publicações acadêmicas mais importantes sobre fandom, e a Fanlore se tornou um arquivo coletivo da história do fandom que tem enorme importância para nossas comunidades. É um prazer vê-la crescer mais a cada dia. Espero poder aprender mais sobre suas necessidades e como o Conselho pode apoiá-las, caso eu seja eleito.
5. Como você equilibraria seu trabalho no Conselho com seus outros cargos na OTW ou como planeja se afastar de suas responsabilidades atuais para se focar no trabalho do Conselho?
Pretendo manter minha atual posição no comitê de Tradução. É uma ótima maneira de manter a comunicação com nossa equipe de tradução e verificar como andam as coisas em várias equipes da OTW. Não será um problema conciliar as duas posições, pois posso administrar meu tempo enquanto gerente voluntário no comitê de Tradução: nossa agenda é flexível, pois podemos aceitar tarefas diferentes conforme nossa disponibilidade. Outras pessoas antes de mim conseguiram exercer estes dois papéis ao mesmo tempo sem nenhum problema, e creio que consiga fazer o mesmo. Se ficar muito ocupado, posso conversar com a presidência do comitê sobre a possibilidade de fazer uma pausa.